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Centro Palmares entrega Carta para a Primeira Dama Janja por justiça social e direitos de mães atípicas

Encontro em Salvador discutiu políticas públicas e entrega de carta à primeira-dama Janja sobre ameaça ao BPC

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Salvador, 14 de agosto – Um diálogo importante marcou a manhã em Cajazeiras, bairro de Salvador, onde lideranças evangélicas e ativistas sociais se reuniram para discutir políticas públicas que garantam dignidade às mulheres e suas comunidades. O encontro, que contou com a presença da primeira dama Janja, a Ministra de Igualdade Racial Anielle Franco e Tatiane Souza, presidente do Centro Palmares e mãe atípica, que entregou uma carta para Janja, onde reforçou a necessidade de unir fé e ação social para combater a fome, a violência doméstica e a pobreza menstrual.


Carta à primeira-dama: "BPC é nossa única dignidade" Tatiane Souza, que representa milhares de mães atípicas, entregou pessoalmente uma carta à primeira-dama Janja Lula da Silva. O documento relata a realidade dura dessas famílias: "Somos cuidadoras 24 horas por dia. Não temos direito a descanso, muito menos a um trabalho formal. O BPC é o que nos mantém de pé", escreveu Tatiane.


A Medida Provisória 1.296, que pode obrigar revisões periódicas do Benefício de Prestação Continuada mesmo em casos de deficiência permanente, foi o principal alvo de críticas.


"Autismo, paralisia cerebral e Síndrome de Down não têm cura. Por que nos submeter a perícias repetidas, se a Lei 15.157 já nos protege?", questionou Tatiane.

Durante o evento, as participantes destacaram o papel fundamental das mulheres de fé na construção de soluções para seus territórios. O Governo Federal foi lembrado por iniciativas como o fortalecimento da saúde pública e programas de geração de renda, mas as mulheres cobraram mais avanços — especialmente para mães cuidadoras de pessoas com deficiência. A carta pede à primeira-dama que interceda pela revogação da MP 1.296 e pela manutenção dos direitos conquistados.

"Não estamos pedindo favor. Exigimos respeito à lei e à vida das pessoas com deficiência", reforçou Tatiane.


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