Publicado originalmente em https://jubileusul.org.br/
Objetivo é discutir e promover intercâmbio em rede para difundir análises críticas aos modelos neocoloniais hegemônicos de transição energética, suas relações com a política climática e a política de financiamento dessa transição
Por Redação – Jubileu Sul Brasil
Arte: Elena Meirelles Schupfner
Frente aos impactos das mudanças climáticas, que se aprofundam e se fazem sentir no cotidiano, a transição energética no Brasil e no mundo é uma pauta que ganha mais destaque a cada dia, sobretudo em espaços de negociações e diálogos internacionais. Por isso, entre os dias 2 e 4 de abril (terça a quinta-feira) se realiza, em Fortaleza (CE), o Seminário “Transição ou transação energética? Agenda internacional, financiamento e repercussões”. Faça sua inscrição clicando aqui.
O seminário tem o objetivo de promover debate e o intercâmbio em rede, no âmbito regional e nacional, para difundir análises críticas aos modelos neocoloniais hegemônicos de transição energética, suas relações com a política climática e a política de financiamento dessa transição.
Também visa analisar o modelo de transição energética corporativa, refletindo sobre o que seria uma transição energética justa, transformadora e popular; sobre alternativas energéticas, experiências atuais, a construção de propostas e perspectivas para o Brasil; e sobre como a transição energética no país está inserida na agenda internacional nos próximos dois anos, a exemplo da Cúpula do G20 e a Cúpula dos Brics, em 2024, e a COP 30, em 2025.
Outro objetivo é dar visibilidade ao debate sobre energia e os conflitos socioambientais e territoriais decorrentes da expansão de renováveis, bem como sua relação com a mineração, a estrangeirização das terras e o financiamento público de iniciativas.
Assim, no primeiro dia do seminário (02/04) estão programadas três visitas de campo simultâneas para intercâmbio de experiências e para conhecer a situação de comunidades indígenas, quilombolas e periféricas que são impactadas por grandes empreendimentos relacionados à energia. As visitas ocorrem na comunidade do Cumbe, de remanescentes de quilombolas, em Aracati; numa comunidade indígena, no município de Santa Quitéria; numa comunidade periférica de Fortaleza.
A realização do seminário é resultado de uma articulação organizadora integrada pela Adelco – Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido, AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, Cáritas Brasileira Regional Ceará, Conselho Pastoral dos Pescadores, ESPLAR Centro de Pesquisa e Assessoria, Frente por uma Nova Política Energética, Fundação Rosa Luxemburgo, Instituto PACS, Instituto Terramar, Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, Movimento de Atingidos por Renováveis – MAR, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Ceará, Movimento Pela Soberania Popular na Mineração – MAM, Observatório da Cultura e Meio Ambiente – Unilab, Rede Brasileira de Justiça Ambiental e Rede Jubileu Sul Brasil, além da parceria com a Marcha Mundial de Mulheres.
Confira a programação
1º dia – 2 de abril
Intercâmbios e visitas de campo simultâneas durante todo o dia, com saída às 7h30 do Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto (R. Paulo Firmeza, 445 – São João do Tauape, Fortaleza). No momento da inscrição, o/a participante deve escolher no formulário uma das três opções a seguir:1. Visita ao Quilombo do Cumbe – Aracati (15 pessoas);2. Visita nos Assentamento Morrinhos e Queimadas, em Santa Quitéria (20 a 25 pessoas);3. Visita à comunidade de Fortaleza (40 pessoas).
2º dia – 3 de abril
8h – Chegada e recepção dos/das participantes9h – Mística, apresentação do seminário e dos/das participantes9h30 às 10h – Contexto das comunidades visitadas no Ceará 10h às 11h30 – Análise de conjuntura11h30 às 13h – O contexto atual sobre transição energética13h às 14h30 – Almoço14h30 às 16h – Atuação das instituições de financiamento na atualidade e a interface com temas como energia e clima16h30 – Trabalhos em grupo19h30 – Momento cultural
3º dia – 4 de abril
9h às 10h30 – Papel dos governos, BRICS, G20, COP, bancos e instituições financeiras multilaterais na impulsão de uma transição energética corporativa11h às 13h – Racismo ambiental e demandas estratégicas sobre bens comuns em meio à crise climática
13h às 14h30 – Almoço14h30 às 16h – Círculos de reflexão e ação (trabalho de grupos): como nacionalizar o debate? Diante de todo o aprendizado, que agenda queremos fortalecer em nível nacional e internacional? 16h – Plenária final e mística de encerramento17h – Ato público
ServiçoSeminário “Transição ou transação energética? Agenda internacional, financiamento e repercussões”Data/local: 2, 3 e 4 de abril de 2024 (terça a quinta-feira), em Fortaleza.Inscreva-se: https://bit.ly/TransicaoSeminario
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