Rede Integrada dos Bens Imateriais Registrados emite nota de apoio à reconstrução democrática e fortalecimento das instituições públicas

Em um momento considerado crucial para a reconstrução do Brasil, a Rede Integrada dos Bens Imateriais Registrado - RIBIR emitiu uma nota pública defendendo um projeto "popular, democrático e participativo" para o país. O documento ressalta a necessidade de fortalecer as instituições públicas, em especial o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que, segundo os signatários, foi "aparelhado e desmontado por interesses nada republicanos" nos últimos anos.

A nota destaca a importância de restabelecer o Ministério da Cultura (MINC) como parte desse processo e defende uma reestruturação política no IPHAN, com a escolha de uma nova presidência e diretorias alinhadas a princípios democráticos e coletivos. O texto ainda menciona a necessidade de incluir detentores de saberes tradicionais nos espaços de decisão, como o Conselho Consultivo e as Superintendências do órgão. Como parte desse movimento, o grupo declarou apoio a dois nomes para a presidência do IPHAN: Célia Corsino e Nivaldo Andrade, profissionais com trajetórias reconhecidas na área do patrimônio cultural. A expectativa é que, sob nova gestão, o instituto priorize políticas mais humanizadas e democráticas, com tratamento adequado ao patrimônio imaterial brasileiro.

Confira a íntegra da nota:

NOTA PÚBLICA DE APOIO

É momento de sonhar e de reconstruir o Brasil e, mais do que nunca, devemos somar forças em um projeto popular, democrático e participativo. Neste sentido, entendemos que as instituições públicas precisam ser reconstruídas e fortalecidas para assim salvaguardarmos nosso Bem Imaterial mais valioso, a DEMOCRACIA.

Restabelecer o MINC é um passo importante nesse processo, que deve ser seguido por um reordenamento político das instituições vinculadas, em especial o IPHAN, que teve sua política aparelhada e desmontada por interesses nada republicanos. A nova Presidência do IPHAN, suas Diretorias e Superintendências, devem ser reflexo de nossos sonhos e da reconstrução e estarem prontas para conduzirem processos mais humanos, coletivos e democráticos.

Buscando este compromisso, promovemos a escuta de profissionais com as condições técnicas para assumir o posto de Presidente do IPHAN, portanto declaramos nosso apoio a duas pessoas que têm uma longa trajetória junto ao Patrimônio Cultural, na confiança de que ambos (Célia Corsino e Nivaldo Andrade) irão dispensar o tratamento ao Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro no patamar de excelência que esperamos.

Reiteramos nosso pleito de que detentores e detentoras sejam parte integrante do Conselho Consultivo, do DPI e Superintendências no próximo período do Governo eleito, que, diga-se, apoio substancial de detentores e detentoras.